Infrared Thermography and Flow Mediated Dilation Measure by Ultrasound as Predictors of Cardiovascular Risk
Resumo
Resumo — Termografia por radiação de infravermelhos (TRIV) associada a manobra de isquemia e reperfusão foi capaz de discriminar o risco futuro de acidente vascular cerebral e aterosclerose subclínica (placas carotídeas) em experimentos anteriores. No entanto, não se sabe se o mecanismo pelo qual esses resultados foram obtidos foi devido à disfunção endotelial. Estudamos a associação entre TRIV e um método bem estabelecido de análise de função endotelial (US braquial) e avaliamos a associação entre TRIV e o Escore de Risco Global (Escore de Risco Global/Framingham). Métodos: 97 voluntários foram alocados aleatoriamente: 53% mulheres, 60 anos (24-85 anos), 60 hipertensos (62%), 10 fumantes (10%) e 21 diabéticos (22%); A TRIV foi analisada por 2 médicos que, como os outros participantes, eram cegos aos outros testes. A TRIV seguiu o protocolo: 1) obtenção dos termogramas das mãos em repouso 2) compressão suprassistólica a 200mmHg por 5 minutos do braço direito 3) gravação dos termogramas das mãos na isquemia máxima 4) liberação da braçadeira do voluntário 5) registro de termogramas a cada minuto nos próximos 5 minutos. Foram obtidas três variáveis numéricas (temperatura de rebote, taxa de isquemia máxima e taxa de hiperemia reativa) e 1 categórica (neurorreatividade, NR). US braquiais foram realizadas por um único médico experiente no método e seguiram o protocolo: 1) medição do calibre da artéria braquial em seção longitudinal a 2cm da fossa ulnar esquerda no pico da onda ECG R 2) compressão suprassistólica do antebraço esquerdo por 5 minutos 3) descompressão do antebraço 4) medição do calibre da artéria braquial durante o segundo e quinto minuto após a descompressão do antebraço. O US braquial permitiu a obtenção de uma variável numérica, Dilatação Mediada por Fluxo (FMD). Os voluntários foram estratificados por 2 cardiologistas através do GRS. Resultados: O coeficiente de correlação de Spearman (r:) mostrou uma associação positiva, significativa e moderada entre TRIV e FMD, sendo a temperatura de recuperação a variável de melhor desempenho, r = 0.52 (p <0.001). Observamos uma maior prevalência de hiperatividade simpática (NR alterada) nos voluntários com menor FMD, bem como uma maior prevalência de voluntários com baixo risco de GRS e NR normal (teste exato de Fischer, p<0,001). O ponto de corte para discriminação de indivíduos de alto risco (RGEs) foi de 1,25°C e 7,14% para TRIV e FMD, respectivamente. Conclusões: Encontramos uma correlação positiva, significativa e moderada entre os dois métodos. Além disso, nosso estudo demonstrou uma boa associação entre o Escore de Risco Global/Framingham com achados obtidos na TRIV.