Imagem infravermelha no diagnóstico das doenças dos pés
Resumo
Este trabalho tem como objetivo apresentar a técnica de registro de imagens infravermelhas dos pés como método de avaliação neurovascular para identificar comorbidades usando um método não invasivo. Método: Durante o período de março de 2015 e fevereiro de 2017, foram avaliados 22 pacientes portadores de onicomicose crônica. O registro das imagens infravermelhas foi efetuado com câmera térmica Flir® modelo T420bx, FOL 18mm, resolução IR320 x 240, sob condições de controle de circulação de ar (< 0,2ms), temperatura ambiente de 23°C. Resultados: Foram identificadas 6 áreas de interesse de acordo com o território neurovascular de uma determinada região dos membros chamado de angiossoma, que foram estudadas com a comparação das áreas impares nas plantas do pé esquerdo e pares nas plantas no pé direito. Embora a amostragem seja pequena, observou-se estatisticamente uma tendência à onicomicose subungueal distal lateral (OSDL) nos diabéticos em relação à onicomicose distrófica total (ODT). Conclusões: O exame por imagem infravermelha pode avaliar precocemente alterações vasculares, ortopédicas e neurológicas e servir de ferramenta para rastrear comorbidades sistêmicas ou locoregionais dos membros inferiores.