Muitos pacientes hoje são classificados como de baixo risco pelos métodos tradicionais de rastreamento pela falta de meios diagnósticos de avaliar a disfunção endotelial da microcirculação, evento precoce a diversas doenças cardiovasculares. A função endotelial é o barômetro da função vascular, e sua medida tem sido utilizada como um marcador precoce de órgãos-alvo. Recente artigo publicado na Revista Nature (2021) sugere fortemente a adoção deste tipo de medida na prática clínica em pacientes hipertensos.

A termografia infravermelha é um meio de ótima relação custo-efetividade, não invasivo e fácil de usar no consultório para avaliar e monitorar a função endotelial e as doenças relacionadas a ela.

Com este curso você vai aprender como agrega valor com o uso da termografia endotelial na sua prática clínica aos métodos comumente utilizados na prevenção do risco cardiovascular, sobretudo em pacientes de baixo risco (pela escala Framinghan) e também em hipertensos, pacientes com aterosclerose sublínica ou com sinais de estenose de artéria coronária. Pode ser utilizada em pacientes assintomáticos (risco intermediário) ou sintomáticos (dor torácica, palpitação, falta de ar ou com resultados indeterminados em outros exames).

O que a termografia para estudo da função endotelial permite?

• Marcador de risco significativo para eventos cardiovasculares.
• Rastreamento de indivíduos com futuro risco cardiovascular e necessidade de mais testes.
• Valor prognóstico aditivo aos fatores de risco tradicionais e espessura da camada íntima-média da carótida.
• Exame novo que pode melhorar a estratificação de risco em homens saudáveis de baixo risco, superior ao escore Framingham e PCR.
• Fornece valor preditivo adicional.
• Avaliação pré-operatória (estratificação de risco).
• Avaliação da eficácia de terapias (estatinas, anti-hipertensivos, dietas e medidas de saúde).
• Predição desenvolvimento de pré-eclâmpsia
• Detecção precoce de disfunção vascular associada com DAOP
• Detecção precoce de disfunção vascular associada com disfunção erétil

Apesar dos estudos mostrarem forte correlação, o teste de disfunção endotelial não se destina a substituir a medição dos fatores de risco ou exames de imagem, escore de cálcio, cintilografia ou angiografia coronária por tomografia, e sim, agregar a avaliação clínica quantitativa de um marcador precoce de lesão de órgãos alvo.